sábado, 25 de abril de 2015

QUINTA-FEIRA SANTA 2015: COMEÇA O TRÍDUO PASCAL!



Com a Missa do "Lava Pés" tem início o Tríduo Pascal, que só terminará no Domingo de Páscoa. Como aqui já colocado, cada momento vivido neste Tríduo nos leva a refletir sobre distintos momentos na Obra Maior de Jesus Cristo. Refletir e Viver.


"Na liturgia católica, o termo lava-pés designa o gesto que se pratica na Quinta-Feira Santa em que o sacerdote, assistido por dois ministros, lava o pé direito de 12 homens, clérigos ou seculares, à imitação e em celebração do que fez Jesus a seus discípulos, na Última Ceia.


Muito além da liturgia católica, o lava pés foi o evento que marcou a insistência do Senhor Jesus em um dos assuntos mais importantes do seu ministério: 
O papel dos cristãos e da igreja. O serviço. A humildade. O colocar-se abaixo, considerar uns aos outros superiores a si mesmo." 

Fonte: http://www.catolicismoromano.com.br


Páscoa é passar de uma vida centrada sobre nos mesmos, sobre o nosso egoísmo, para uma vida solidária com os muitos irmãos marginalizados em nossa sociedade. Portanto, o anúncio cristão não pára na cruz. No meio de nós está presente Jesus, o Ressuscitado, o Deus vivo. Antes de tomar o caminho da cruz, Jesus nos apresenta uma proposta de vida, que é um programa de conversão: o lava-pés. O lava-pés traduz toda a vida de Jesus: o amor. "Ele, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 13, 1) ou seja até as últimas conseqüências do gesto de amar, isto é, até a cruz: "Tudo está realizado" (Jo 19,30). 


Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.

Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.

Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.

Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.

Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...

E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons... 

Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas... 

Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar: 

1. Quais os gestos concretos que nós como cristãos/ãs e catequistas, vamos assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas? 

2. Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição. Feliz Páscoa! 


Ir. Marlene Bertoldi
www.portalcatolico.org.br


Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/semanasanta/12.htm



















Muitos indagam: Por que o Padre só lava os pés destes e destas? Por que ele não lavou o meu também? Este Rito, como já foi colocado acima, é simbólico. O Padre transmite o exemplo lavando os pés de pessoas que vivem a sua vida para o serviço: Coordenadores de Movimentos, Pastorais, Serviços e Grupos, Autoridades públicas, Professores, Agentes Comunitários de Saúde e assim por diante.
E nos deixa o exemplo de fazer o mesmo com o nosso próximo.

Não podemos nos esquecer que a META MAIOR É: NÃO QUERER SER SERVIDO, MAS DEVEMOS SERVIR. Queremos que lavem os nossos pés mas, estamos dispostos a lavar os pés dos outros? 



Adoremos a Jesus Sacramentado, Vivo e Ressuscitado e que está em nosso Meio esperando nosso coração!


sexta-feira, 24 de abril de 2015

FORMAÇÃO PARA ANIMADORES DE PEQUENAS COMUNIDADES!

Olá pessoal, Paz de Cristo a todos! 

Seguindo orientações de nossa Diocese, nos dias 24, 25 e 26 de Abril nossa Paróquia vai realizar a Formação para Animadores de Pequenas Comunidades, cujo objetivo maior é preparar bem nossos coordenadores e líderes comunitários para os Projeto maior da Diocese que é fortalecer os pequenos núcleos onde é anunciado Jesus Cristo e de onde se forma a Igreja.


Todos os coordenadores de Grupos, Movimentos, Pastorais e Serviços estão convidados, bem como todos aqueles que coordenam os Grupos da Leitura Orante.

A Formação será em Três dias: 24, 25 e 26 (sexta, sábado e domingo)

Sexta e Sábado, dias 24 e 25, a Formação acontecerá na Comunidade Nossa Senhora da Luz, que fica no Bairro de Nova Brasília, bem em frente ao Colégio Antonio Lemos. No Domingo, a Formação acontecerá no Centro Paroquial, ao lado da Igreja Matriz, a partir das 09 horas.

Não é preciso se inscrever e nem pagar nenhum tipo de taxa. Os interessados devem levar sua Bíblia, caderno para anotação e caneta. Além do coração aberto para guardar tudo o que será trabalhado ao longo desses três dias!

Participem!


domingo, 5 de abril de 2015

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO: PÁSCOA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!

O Senhor ressuscitou, ALELUIA! Verdadeiramente ressuscitou, ALELUIA! ALELUIA!



Com estas palavras e com esta animação, começo essa postagem que é tão importante na vida dos cristãos do mundo todo! A ressurreição é a obra maior do Senhor! É o dia que foi feito para cada um de nós! Sua ressurreição é a prova de que o projeto salvífico de Deus para a humanidade tem sentido e efeito!

Para aqueles ignorantes que acreditam e andam bradando que os católicos adoram um Deus Morto, eis a maior prova: A Páscoa de Jesus Cristo é a MAIOR FESTA DA IGREJA E A VIGILIA PASCAL É SUA MAIOR CELEBRAÇÃO.

Segue abaixo artigos da CNBB que deixam isso bem claro.

Páscoa: felicidade total!

Dom Pedro Carlos Cipollini
Bispo de Amparo (SP)
Após percorrer o itinerário quaresmal e a semana santa, chegamos ao cimo do monte e aí está Jesus vitorioso. Ele nos precede na sua vitória total sobre o pecado e seu fruto: a morte. Na liturgia que celebramos ouvimos o insistente convite: alegrai-vos! É possível? Temos motivos para nos alegrar em meio a tantos dramas e tragédias do dia a dia?

Muitos de nós somos levados a pensar que nossa fé se opõe à felicidade. A cultura moderna nasceu com a suspeita de que Deus se opõe à felicidade do homem. Mas isto não é verdade. Ninguém é mais feliz do que aquele que segue Jesus de verdade ou seja, o cristão autêntico. Jesus ressuscitado se apresenta como o amigo da felicidade. Esta felicidade que todos buscam sem crerem, muitas vezes, se é possível alcança-la de realmente.
Neste dia em que celebramos a páscoa de Jesus que é certeza também da nossa páscoa, não basta para nós saber que a felicidade eterna está garantida, após passar pelas sombras da morte. Páscoa é também certeza de que esta vitória sobre a morte já começa aqui, no hoje, no agora do meu dia a adia; E vai num crescendo até atingir seu ápice, passando pela morte e saindo do outro lado, imersos na luz de Cristo: vitória total da vida que se torna eterna.
Só podemos levar Jesus a sério se nos convencermos de que Ele e a prática de sua palavra, nos proporcionam o que nos falta para encontrar a felicidade verdadeira. E Jesus nos ensina que a felicidade não é algo fabricado por nós mesmos, mas é um presente de Deus, a felicidade provém de Deus, deste Deus que se revela em Jesus Cristo como amor misericordioso. Amor misericordioso que vence tudo e nos dá a vida plena com a qual sonhamos.
Jesus Cristo ressuscitado pode proporcionar a felicidade, não o bem estar e contentamento, o prazer e a saciedade que muitos buscam, no lugar da felicidade que é chamada de paz na linguagem bíblica. A paz que vem de Deus e que Jesus nos dá. O que Jesus anunciou e que se realiza plenamente na páscoa, é uma plenitude de verdade, de vida e de paz que se encontra no coração das pessoas. Pessoas que escolheram deixar que Deus reine em suas vidas, no percurso da existência terrena. Isto as leva à plenitude do encontro com Deus no último dia, quando a liberdade será total para sempre.
Para entendermos e viver plenamente a páscoa devemos partir do que Jesus ensinou: “Buscai primeiro o Reino de Deus e tudo o mais vos será dado por acréscimo” (Mt 6,33). Nós buscamos a felicidade plena através da felicidade provisória do dia a dia, proporcionada por nossa fé assumida e praticada. A felicidade do presente é semente e germe da felicidade futura que será plena. FELIZ PÁSCOA!

O Senhor ressuscitou e caminha diante de nós, Aleluia!

Dom Roberto Francisco Ferreria PazBispo de Campos (RJ)
A Páscoa é o Novo e definitivo Êxodo para a comunhão e a ternura do Pai, a vitória plena do seu projeto de vida abundante para todos os seus filhos/as. Quem se encontra com o Ressuscitado não pode ficar mais calado e medroso pois somos inundados pelo esplendor da sua nova presença. O velho fermento da divisão e da injustiça ficou para trás, somos novas criaturas convidadas para a dança jovial de todos os povos e seres animados da terra.
Tudo pode mudar, um mundo novo é possível e desejável, pois o Cristo Ressurgido tem poder para tornar novas todas as coisas. Chegou a hora de celebrar e viver novos relacionamentos, gerar novas estruturas mais leves e funcionais para que todos participem, enxugar as lágrimas de tantos mantidos no cativeiro da miséria e da opressão. Com Maria Madalena queremos animar e motivar a todos os cristãos ainda paralisados com a morte de Cristo na cultura materialista e laicista atual.
Com Pedro e João vamos correndo para o túmulo vazio, abrindo os corações para a nova realidade do Cristo vivo e soerguido entre nós. Com os discípulos de Emaús descobriremos que a partilha do pão com o Senhor, é compromisso e projeto de missão, para inspirar no mundo, a condivisão fraterna dos bens.
Com todos os Apóstolos sairemos da toca e derrubando as portas do medo e da tibieza, seremos a Igreja em processo de saída que o Papa Francisco almeja, destemida, profética e corajosa.Com Maria Santíssima nossa querida Mãe, tornaremos a Igreja um cenáculo cheio de alegria, abertura e serviço solidário aos pequenos e os mais pobres. Não nos conformemos mais com a velha ordem das coisas, a luz do ressuscitado é forte demais, para ficarmos nas trevas do egoísmo e da escuridão da indiferença, que sejamos como afirmava Dom Guerarguer aleluias pascais dos pés a cabeça fazendo ressoar como testemunhas íntegras e verdadeiras a maior notícia e o mais grandioso acontecimento da história humana: Cristo Ressuscitou, honra e glória! Deus seja louvado!

Pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

    Desejamos a todos uma Feliz e abençoada Páscoa! A verdadeira Páscoa! Não a que é pregada pelo mundo, do consumismo, das guloseimas e compras desenfreadas! Mas a Páscoa representada pela ressurreição de Jesus Cristo que foi para cada um de nós!

sábado, 4 de abril de 2015

SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL - O Centro da Fé Cristã!



O sentido do Sábado Santo


No Sábado Santo a Igreja permanece em silêncio, junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Morte e esperando sua Ressurreição. Com o mistério da descida de Cristo à mansão dos mortos temos de fato a esperança da Ressurreição, pois com sua morte Cristo vence a própria morte e resgata todos que aguardavam o cumprimento das profecias messiânicas.


Na noite do Sábado Santo, a Igreja celebra aquela que é o coração do ano litúrgico, da qual irradiam todas as demais celebrações: a Vigília Pascal. Esta Vigília é a mais plena celebração do grande mistério de nossa salvação: a passagem de Cristo da morte à vida nova através de sua Ressurreição. A Vigília Pascal é, ao mesmo tempo, memória desta Páscoa de Cristo, presença deste mesmo mistério em nossa vida através dos sinais sacramentais e expectativa da Páscoa definitiva no fim dos tempos.


 A Vigília Pascal desenvolve-se em quatro momentos que progressivamente vão inserindo-nos no mistério da Ressurreição: a Liturgia da Luz, a Liturgia da Palavra, a Liturgia Batismal e a Liturgia Eucarística. Tais ritos devem ser vistos em perfeita unidade, culminando na celebração da Eucaristia, que torna o Cristo Ressuscitado verdadeiramente presente no meio de nós.





O primeiro momento da Vigília Pascal é a Liturgia da Luz. Este rito recorda-nos que Cristo é a luz do mundo e que, com sua Ressurreição, comunica-nos esta luz. O círio pascal é o sinal de Cristo, luz que vence as trevas e ilumina os nossos corações. O círio que guia a procissão dos fieis para dentro da igreja é, ao mesmo tempo, sinal da coluna de fogo que guiou o povo de Israel na saída do Egito (Antiga Páscoa) e de Cristo que, com sua Ressurreição, guia-nos à vida eterna (Nova Páscoa).



A Liturgia da Luz encerra-se com o canto do Precônio Pascal, antiquíssimo hino que exalta as maravilhas operadas por Deus ao longo da história da salvação e que culminaram na noite da Páscoa de Cristo.


Esta proclamação da ação de Deus na história da salvação é continuada na Liturgia da Palavra. O elenco de leituras proposto nesta celebração quer conduzir-nos ao longo de toda a história da salvação, a fim de compreendermos que todas as obras de Deus em favor de seu povo culminaram na ação salvífica operada por Jesus Cristo em sua Morte e Ressurreição.

Para esta celebração propõem-se nove leituras, sete do Antigo Testamento e duas do Novo. Por razões pastorais, podem-se omitir algumas leituras do Antigo Testamento. Considere-se, porém, que proclamação da Palavra de Deus é um elemento central nesta Vigília, o que é evidenciado pelo cântico de salmos e pela recitação das orações que seguem as leituras.



A terceira parte da Vigília é a Liturgia Batismal. São Paulo apresenta-nos a teologia do Batismo como imersão na Morte de Cristo e recepção de uma nova vida em sua Ressurreição. Assim, desde o início da Igreja o Batismo é considerado o “sacramento pascal”, “sacramento da ressurreição”.



O centro deste rito é a fonte batismal, de onde será abençoada a água para a administração deste sacramento. A água, sob a qual é invocada a força do Espírito Santo, aparece em toda a história da salvação como sinal da graça de Deus, que renova e santifica.


Onde for possível, nesta celebração administrem-se os Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia) aos catecúmenos, que se prepararam durante todo o período quaresmal. A Vigília Pascal é o momento mais adequado para receber tais sacramentos, os quais configuram-nos ao Cristo Morto e Ressuscitado.


 Os fieis já batizados são convidados nesta Vigília a renovarem suas promessas batismais. Toda a Quaresma, dado seu caráter batismal, foi uma preparação para este momento, para que a comunidade cristã perceba a importância do Batismo e da missão que este acarreta.

Os que professaram sua fé são chamados a tomar parte na quarta parte da Vigília Pascal: a Liturgia Eucarística. Com efeito, tudo o que a Igreja celebra ao longo de todo o ano converge para esta Eucaristia e dela recebe sua força. Esta Celebração Eucarística é o primeiro momento do dia da Ressurreição, a grande ação de graças ao Pai por nos ter dado Cristo morto e ressuscitado.

A celebração da Eucaristia torna o Cristo Ressuscitado presente no meio de nós. Já não é mais o Cristo que oferece a si mesmo por nós, mas somos nós que renovamos juntamente com Ele sua entrega e glorificação.


FONTE:

BERGAMINI, A. Cristo, festa da Igreja: O Ano Litúrgico. São Paulo: Paulinas, 1994. p. 351-370.


sexta-feira, 3 de abril de 2015

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!





O sentido da Sexta-feira Santa

Na Sexta-feira da Semana Santa a Igreja celebra o grande mistério da Paixão e Morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Neste dia nos abstemos de celebrar a Eucaristia e nos reunimos para ouvir a Palavra de Deus e contemplar amorosamente a cruz, fonte de nossa salvação.

Importante salientar que este dia somos convidados ao jejum e à abstinência de carne, em preparação à Páscoa do Senhor. Este jejum, que pode ser prolongado no Sábado Santo, é um sinal externo do vazio que devemos sentir diante do mistério da Morte do Senhor.

A celebração inicia-se à três horas da tarde, hora da morte do Senhor, em profundo silêncio. A prostração do sacerdote e a genuflexão dos fieis, acompanhadas de uma oração silenciosa, expressam nossa profunda reverência diante do mistério deste dia.


A Liturgia da Palavra é um elemento fundamental nesta celebração. As leituras (Is 52, 13 – 53, 12 e Hb 4, 14-16; 5, 7-9) evidenciam o Cristo, ao mesmo tempo servo sofredor que passa pela humilhação em favor de muitos e sumo sacerdote que, por sua entrega livre, concede-nos a salvação. Em seguida lê-se a Narrativa da Paixão segundo João (Jo 18,1 – 19, 42).
Após ouvirem a Palavra de Deus, os fieis respondem através da Oração Universal, rezando pelas necessidades da Igreja e do mundo. Através desta oração toda a humanidade é colocada aos pés da cruz, uma vez que Cristo morreu por todos. Rezamos pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens sacras e por todos os fieis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus, pelos que não creem em Cristo, por aqueles que não creem em Deus, pelos governantes e pelos atribulados.


Outro elemento central desta celebração é a adoração da cruz. A cruz não deve ser visto mais como um sinal de morte, mas como sinal da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Com efeito, proclamamos que é através da cruz que veio a salvação do mundo, razão pela qual louvamos a cruz e nos prostramos para adorá-la.

Por fim, a celebração da Paixão encerra-se com os ritos da comunhão. Por mais que todo Tríduo Pascal conduza-nos à comunhão da Eucaristia da Vigília Pascal, igualmente neste dia podemos receber a Sagrada Comunhão com o coração voltado para o Cristo que se oferece em sacrifício por nós.

A celebração da Paixão encerra-se com uma oração sobre o povo. Mas não encerra-se propriamente, pois desemboca na solene Vigília Pascal. Paixão e Ressurreição são duas realidades inseparáveis do mesmo mistério.

FONTE:


BERGAMINI, A. Cristo, festa da Igreja: O Ano Litúrgico. São Paulo: Paulinas, 1994. p. 328-338.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

QUINTA-FEIRA SANTA: Qual o sentido verdadeiro desta Celebração?







O sentido da Quinta-feira Santa


Em nossa Paróquia, a Missa da Ceia do Senhor começa as 18 horas. No meio desta Celebração vamos ter o Lava pés, como também é conhecida esta Celebração. Logo após, por volta das 20 horas teremos Adoração ao santíssimo Sacramento, no Salão Paroquial até as 23 horas e, claro, toda a Paróquia é convidada a participar deste momento tão especial.

Sobre este dia, o que temos a dizer...

Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na noite da Quinta-feira Santa, inicia-se o Tríduo Pascal do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. Nesta celebração a Igreja comemora a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o novo mandamento do amor deixado pelo Senhor: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros” (Jo 13, 34).

Antes de se entregar à morte para nossa salvação, Jesus quis se entregar pela forma sacramental, a fim de permanecer conosco até o fim dos tempos. A Eucaristia e a Paixão não são duas realidades distintas, mas sim duas expressões do mesmo mistério. A celebração da Eucaristia pela Igreja, que consciente da vontade do Senhor nunca deixou de celebrar, é a renovação, a atualização do sacrifício de Cristo na Cruz.

A celebração da Páscoa cristã torna plena a Páscoa da Antiga Aliança, memorial da libertação do povo de Israel do Egito. Enquanto a antiga Páscoa é memorial, a nova Páscoa é presença viva do mistério da Morte e Ressurreição de Cristo, passagem das trevas à verdadeira luz. A realidade das duas Páscoas, da Antiga e da Nova Alianças é evidenciada nas leituras desta celebração (Ex 12, 1-8. 11-14 e 1Cor 11, 23-26).

A Missa da Ceia do Senhor exprime o caráter comunitário da Igreja que, unida em torno da mesa de Cristo e presidida pelos sacerdotes, celebra os mistérios de nossa salvação. Esta realidade é expressa pela antífona de entrada: “A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser nossa glória” (cf. Gl 6, 14). A comunidade cristã sempre deve estar unida na cruz do Senhor, fonte de nossa salvação.

Esta Missa começa com grande alegria e solenidade, até o momento do Glória. A partir deste momento cessam os sinos e os instrumentos musicais, para que sintamos um certo vazio em nossa celebração, uma vez já entramos no Mistério da Paixão do Senhor.

O novo mandamento da caridade fraterna é expresso pela proclamação do evangelho (Jo 13, 1-15) e pelo rito do Lava-Pés. O gesto de Cristo que, fazendo-se servo, lava os pés dos discípulos é um gesto de entrega ao serviço a Deus e aos irmãos. Da mesma forma que Cristo deu a vida para que fôssemos salvos, assim também nós devemos consagrar a nossa vida no amor aos irmãos.
  

O rito do Lava-Pés não é mera recordação do gesto de Cristo, mas convite a seguir o exemplo deixado pelo Senhor (cf. Jo 13, 15). Esta chamada à caridade fraterna é evidenciada pelo gesto da apresentação das oferendas, no qual os fieis não oferecem apenas os dons do pão e do vinho, mas também os donativos para os pobres, ao canto do antiquíssimo hino das ágapes cristãs: “Onde o amor e a caridade, Deus aí está”.


A Liturgia Eucarística desta celebração é uma grande ação de graças pelo Sacramento Eucarístico, que perpetua a presença de Cristo em nosso meio, que é alimento que nos fortalece e purifica. A Oração Eucarística evidencia o “hoje” do mistério celebrado: “Na noite em que ia ser entregue para padecer pela salvação de todos, isto é, hoje...”



No final da celebração a Reserva eucarística é solenemente transladada para um tabernáculo preparado na chamada “Capela da Reposição”. A finalidade primária desta conservação da Eucaristia é a comunhão da Sexta-feira Santa, já que neste dia não se celebra a Eucaristia, e a comunhão dos doentes em todo o Tríduo Pascal. Mas a Igreja igualmente aconselha os fieis que, da noite da Quinta-feira até a tarde da Sexta-feira, possam permanecer em adoração diante do tabernáculo, recordando o convite do Senhor: “Ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26, 38).

Com a transladação do Santíssimo Sacramento e a oração silenciosa, encerra-se a Missa da Ceia do Senhor. Mas, de certa forma, esta celebração não encerra-se neste momento, mas prolonga-se por todo o Tríduo Pascal. O Tríduo deve ser visto como uma só e grande celebração do Mistério Pascal.


Após esta celebração os altares são desnudados, isto é, retiram-se todas as toalhas, flores, velas, cruzes e imagens. As cruzes e imagens que não forem retiradas, sejam cobertas por um pano vermelho ou roxo. Este rito é realizado, mais uma vez, para colocar-nos diante do vazio da Morte do Senhor, e para que nossa atenção não seja desviada da centralidade deste mistério.

FONTE:BERGAMINI, A. Cristo, festa da Igreja: O Ano Litúrgico. São Paulo: Paulinas, 1994. p. 315-323.

Logo que possível postaremos as fotos da Celebração, que inicia o TRIDUO PASCAL!