terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Mensagem do Papa Francisco para Quaresma 2015

“Fortalecei os vossos corações”, propõe papa Francisco em mensagem para Quaresma

Na mensagem por ocasião do período da Quaresma, o papa Francisco recorda que trata-se de “um tempo propício para mostrar interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum”. A Quaresma 2015 terá início na Quarta-feira de Cinzas, 18 de fevereiro.
No texto, cujo título é “Fortalecei os vossos corações”, Francisco pede para que os cristãos não caiam na tentação da indiferença na vida em sociedade. “Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir”. E, continuando a reflexão, questiona: “Que fazer para não nos  deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste”.
Confira íntegra da mensagem:
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015
« Fortalecei os vossos corações» (Tg5,8)
Amados irmãos e irmãs!
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é  sobretudo um « tempo favorável » de graça (cf. 2  Cor6,2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo  tenha dado: « Nós amamos, porque Ele nos amou  primeiro »  (1 Jo4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós,  conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa  procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada  um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa conosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente  dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos  interessam os seus problemas, nem as tribulações  e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração  cai na indiferença: encontrando-me relativamente  bem e confortável, esqueço-me dos que não estão  bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um  mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de  enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu  amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios  mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta  Mensagem, é o da globalização da indiferença. Dado que a indiferença para com o próximo e  para com Deus é uma tentação real também para  nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada  Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz  para nos despertar. A  Deus  não  Lhe  é  indiferente  o  mundo,  mas  ama-o  até  ao  ponto  de  entregar  o  seu  Filho  pela  salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida  terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus,  abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão  que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos,  do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor  (cf. Gl 5,6).  O  mundo,  porém,  tende  a  fechar-se  em si mesmo e a fechar a referida porta através da  qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo  assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida. Por isso, o povo de Deus tem necessidade de  renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação,  gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. « Se um membro sofre, com ele sofrem todos os  membros » (1 Cor12,26)– A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu  testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus,  que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que  é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo  que antes experimentámos. O cristão é aquele que  permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele,  servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas  exemplificar  como  devemos  lavar  os  pés  uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem,  primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa  pessoa « tem parte com Ele » (cf. Jo 13,8), podendo  assim servir o homem. A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos  como  Ele.  Verifica-se  isto  quando  ouvimos  a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos,  nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que,  com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence  a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. « Assim, se um membro sofre,  com ele sofrem todos os membros; se um membro  é  honrado,  todos  os  membros  participam  da  sua  alegria » (1 Cor12,26). A Igreja é communio sanctorum, não só porque,  nela, tomam parte os Santos mas também porque é  comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que  nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons;  e, entre estes, há que incluir também a resposta de  quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas  santas, aquilo que cada um possui, não o reserva  só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo  mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não  poderíamos jamais, com as nossas simples forças,  alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para  que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. « Onde está o teu irmão? »  (Gn 4,9) – As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal  é  necessário  agora  traduzi-lo  na  vida  das  paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que  fazemos parte de um único corpo? Um corpo que,  simultaneamente, recebe e partilha aquilo que  Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal  pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas  que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada
(cf. Lc16,19-31)? Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direções. Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu  na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura--se reciprocamente uma comunhão de serviços e  bens que chega até à presença de Deus. Juntamente  com os Santos, que encontraram a sua plenitude em  Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não  é triunfante, porque deixou para trás as tribulações  do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes  pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido  definitivamente a indiferença, a dureza de coração  e  o  ódio,  graças  à  morte  e  ressurreição  de  Jesus.  E, enquanto esta vitória do amor não impregnar  todo o mundo, os Santos caminham conosco, que  ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria  no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena  enquanto houver, na terra, um só homem que sofre e  geme, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da  Igreja:  « Muito  espero  não  ficar  inativa  no  Céu;  o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas  almas »  (Carta254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no  nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua  alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de  força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em  segundo  lugar,  cada  comunidade  cristã  é  chamada a atravessar o limiar que a põe em relação  com a sociedade circundante, com os pobres e com os  incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária,  não fechada em si mesma, mas enviada a todos os  homens. Esta  missão  é  o  paciente  testemunho  d’Aquele  que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A  Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a  cada homem, até aos confins da terra (cf.Act1,8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã  pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo  que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom  para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os  lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se  tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. « Fortalecei os vossos corações »  (Tg 5,8)– Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da  indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento  humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa  incapacidade de intervir. Que fazer para não nos  deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos  a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda  a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e  14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração. Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com  gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de  nós como a quem está longe, graças aos inúmeros  organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo  outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas  concreto – da nossa participação na humanidade  que temos em comum.  E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo  constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha  vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos.
Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então  confiaremos  nas  possibilidades  infinitas  que  tem  de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à  tentação diabólica que nos leva a crer que podemos  salvar-nos e salvar o mundo sozinhos. Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos  para viverem este tempo de Quaresma como um  percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31).  Ter  um  coração  misericordioso  não  significa  ter  um  coração  débil.  Quem  quer  ser  misericordioso  precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe  impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do  amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo,  um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro. Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: « Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração  semelhante ao vosso » (Súplica das Ladainhas ao  Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso,  que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na  vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por  cada crente e comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal,  enquanto, por minha vez, vos peço que  rezeis por  mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora  vos guarde!
Vaticano, Festa de São Francisco de Assis, 4 de  Outubro de 2014.
Fonte: http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/internacional/15751-fortalecei-os-vossos-coracoes-propoe-papa-francisco-em-mensagem-para-quaresma

Campanha da Fraternidade 2015: "Eu vim para servir..."

          
Por ocasião da Quaresma, a Igreja sempre escolhe um tema para ser refletido ao longo deste período. Geralmente um tema de forte comoção social e uma necessidade que se coloca. 

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015
          A campanha da Fraternidade que todos os anos é promovida pela CNBB buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.
          Este ano, a Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.
       Em 2015, a Igreja Católica Apostólica Romana celebra o 50º aniversário de encerramento do Concílio Vaticano II, realizado de outubro de 1962 a outubro de 1965. Tratou-se do evento mais marcante da Igreja no século. A Campanha da Fraternidade de 2015, no melhor espírito do papa Francisco, nos convida a todos a compreender a dimensão do serviço, não só na Igreja, mas em tudo o que fazemos, na família, na escola, no trabalho, em qualquer atividade pessoal ou social.

Para uma melhor reflexão sobre o que a CNBB propõe e objetiva para a CF deste ano, basta acessar o link http://www.cnbb.org.br/outros/cardeal-odilo-pedro-scherer/15317-igreja-e-sociedade-a-campanha-da-fraternidade-de-2015.

            A Campanha da Fraternidade é realizada no Brasil desde 1964. Confira abaixo um mosaico dos cartazes que, ao longo de década, vem nos colocando para refletir diferentes problemáticas.


LEITURA DO CARTAZ – CF 2015
         O cartaz da CF 2015 retrata o Papa Francisco lavando os pés na Quinta feira Santa de 2014. A Igreja atualiza o gesto de Jesus Cristo ao lavar os pés de seus discípulos. O lava pés é expressão de amor capaz de levar a pessoa a entregar sua vida pelo outro. É com este amor que todo ser humano é amado por Deus em Jesus Cristo. Ao entregar-se à morte de cruz e ressuscitar, como celebramos na Páscoa. Jesus leva em plenitude o ‘Eu vim para servir’ (cf. Mc 10,45).
          A Igreja Católica, através de suas comunidades, participa das alegrias e tristezas do povo brasileiro. O Concílio Vaticano II veio iluminar a missão da Igreja que é evangelizar. Evangelizar pelo testemunho dialogando com as pessoas e a sociedade. No diálogo a Igreja (as comunidades), está a serviço de todas as pessoas. Ao servir ela participa da construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e de paz. No serviço ela edifica o Reino de Deus.

O Hino da CF 2015 é o seguinte:

CF 2015
“Fraternidade: Igreja e Sociedade”
“Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45).
L.: Pe. José Antonio de Oliveira
M.: Pe. José Weber
1) Em meio às angústias, vitórias  e lidas,
no palco do mundo, onde a história se faz, (cf. GS n. 2)
sonhei uma Igreja a serviço da vida.
/:Eu fiz do meu povo os atores da paz!:/

Quero uma Igreja solidária,
servidora e missionária,
que anuncia e saiba ouvir.
A lutar por dignidade,
por justiça e igualdade,
pois “EU VIM PARA SERVIR”(Mc 10,45).

2) Os grandes oprimem, exploram o povo,
mas entre vocês bem diverso há de ser.
Quem quer ser o grande se faça de servo:
/:Deus ama o pequeno e despreza o poder:/ (cf. Mc 10,42-45).

3) Preciso de gente que cure feridas,
que saiba escutar, acolher, visitar.
Eu quero uma Igreja em constante saída (EG, 20),
/:de portas abertas, sem medo de amar!:/

4) O meu Mandamento é antigo e tão novo:
Amar e servir como faço a vocês.
Sou Mestre que escuta e cuida seu povo,
/:um Deus que se inclina e que lava seus pés:/ (cf. Jo 13).

5) As chagas do ódio e da intolerância
se curam com o óleo do amor-compaixão (cf. Lc 10,29ss).
Na luz do Evangelho, acende a esperança.
/:Vem! Calça as sandálias, assume a missão.:/

A beleza do tempo quaresmal

          Amanhã, Quarta-Feira de Cinzas, dia 18 de Fevereiro, a Igreja no mundo todo Celebra o início da Quaresma, um período de recolhimento e contrição para todos, relembrando os 40 dias em que Jesus esteve no deserto preparando-se para sua Páscoa. E, no Brasil, iniciamos a Campanha da Fraternidade que, a cada ano, nos convida a refletir sobre um determinado tema de importância vital dentro de nossa realidade.
              Vamos refletir...

SIGNIFICADO E IMPORTÂNCIA DA QUARTA FEIRA DE CINZAS E A QUARESMA.
          COM A IMPOSIÇÃO das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

          Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: "Convertei-vos" (matanoeiete). Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás", convida à reflexão sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana neste mundo, sujeita à morte.
         
          A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; Princípio e Fim, Alfa e Ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais clara do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a Terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.
        Sinônimo de "conversão", é também a palavra "penitência", como mudança de mentalidade; penitência como expressão de livre e positivo esforço no seguimento de Cristo.

A beleza do tempo quaresmal

                                                                                                     Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina (PR)

1. A beleza da quaresma está no amor em excesso de Deus por nós, até ao sangue. Contemplando Jesus crucificado os santos costumam dizer: “é assim que se ama, isto é o amor”. Todo o tempo quaresmal quer ser um retiro sobre o amor de Deus pela humanidade. Jesus se fez pecado e maldição, para nossa dignificação, nossa elevação, nossa justificação. Não podemos duvidar do amor de Deus.
2. A quaresma é uma peregrinação, uma romaria, uma caminhada, até ao nosso interior. A oração, a esmola e o jejum são atitudes filiais para com Deus e atitudes fraternas para com os irmãos. A beleza da quaresma está no êxtase e no êxodo. Êxtase é sair de si e aproximar-se de Deus. Êxodo é saída de si na direção do irmão.
3. Quaresma é tempo de crescimento espiritual, um itinerário da experiência na iniciação cristã. O Batismo, a Eucaristia, a Crisma e a Penitência são meios para uma transformação de vida e condição para a iniciação cristã. Renunciamos ao mundo pagão, para entrar no povo de Deus. A quaresma nos oferece uma chance de reencantamento por Jesus Cristo e de aprofundamento do discipulado.
4. A quaresma equivale à experiência do povo de Deus no deserto, rumo à libertação. Deus nos atrai ao deserto para falar ao nosso coração. É necessário então parar, silenciar, pacificar-se. No deserto caem os ídolos e acontece o encontro com o Deus vivo. Passando por tentações e tribulações, noites escuras e purificações próprias do deserto, chegaremos ao dia ensolarado, à celebração, à fidelidade da aliança com Deus. Não há quaresma sem ressurreição.
5. A espiritualidade quaresmal nos permite descobrir a profundidade, a largura, o cumprimento e a altura do amor de Deus. Descemos com Jesus ao vale da humildade e vamos aprendendo a conhecer a nós mesmos, aos outros e a Deus. O sangue, as chagas, o coração transpassado do Senhor nos tornam ébrios de amor por Deus e pelos irmãos.
6. Jesus na sua paixão pensou em cada um de nós. Sofreu por nós, olhou-nos com amor. A quaresma é remédio para nossas feridas. No sangue do Cordeiro somos curados. É também uma escola de amor onde aprendemos a paciência, a obediência, a humildade, o desapego. Não passemos pela quaresma, entremos nela, deixando-nos transformar pelo amor paciente, compassivo, e clemente de Deus, manifestado em Jesus. Ele é a beleza que salva.
Fonte: http://www.cnbb.org.br/outros/dom-orlando-brandes/14584-a-beleza-do-tempo-quaresmal

Notícias que abalam Cristãos no mundo todos! Rezemos/ Oremos por todos e pela PAZ!

DOR DO PAPA FRANCISCO PELO ASSASSINATO DE 21 CRISTÃO EGÍPCIOS.
VATICANO, 17 Fev. 15.
O Papa Francisco expressou esta segunda-feira sua dor pelo assassinato de 21 cristãos coptos do Egito, decapitados pelo Estado Islâmico (ISIS) na Líbia. “Foram assassinados pelo simples fato de serem cristãos”, denunciou o Pontífice.
O Santo Padre manifestou seu pesar durante o encontro com John Chalmers, Moderador da Igreja reformada de Escócia, com quem dialogou sobre o ecumenismo e pediu que “o que tenhamos em comum seja maior do que aquilo que nos pode dividir”.
“Permito-me recorrer à minha língua materna para expressar um profundo e triste sentimento. Hoje pude ler sobre a execução desses 20,21, 22 cristãos coptos. Somente dizia ‘Jesus me ajude’. Foram assassinados pelo simples fato de serem cristãos. Você, irmão, em seu discurso breve se referiu ao que acontece a terra de Jesus. O sangue de nossos irmãos cristãos é um testemunho que grita. Sejam católicos, ortodoxos, coptos, luteranos, não interessa: são cristãos. E o sangue é o mesmo, o sangue confessa Cristo”, expressou Francisco.
“Recordando a estes irmãos que foram mortos apenas pelo fato de confessar a Cristo, peço que nos animemos mutuamente a seguir adiante com este ecumenismo que nos está encorajando, o ecumenismo do sangue. Os mártires são todos eles cristãos, rezemos uns pelos outros (...) juntos no caminho da sabedoria, da benevolência, da força e da paz”, afirmou.
Fonte: Acdigitall

Comentário do Blog: Impressionante essa situação. E a que ponto chega a intolerância religiosa. A preocupação de nosso Papa deve ser a preocupação de todo mundo: O que esses loucos estão fazendo, supostamente, em nome da fé? Até que ponto isso tudo é válido? Fica essa reflexão para todos nós!

CALIFADO DECAPITA 21 COPTOS. DURA CONDENAÇÃO DO AL AZHAR.
ATÉ QUANDO ESSES ISANOS, ASSASSINOS, TERRORISTAS DESSE TAL "ESTADO ISLÂMICO" VÃO ESTÁ NESTAS PRÁTICAS?
E A COMUNIDADES INTERNACIONAL FICANDO DE 'BRAÇOS' CRUZADOS?
Patriarca Ibrahim: Os 21 são mártires assassinados pela fé. A execução uniu cristãos e muçulmanos
Roma, 16 de Fevereiro de 2015.
Militantes islâmicos do autoproclamado Califado Islâmico (Isis por sua sigla em Inglês) publicaram neste domingo um vídeo onde mostram 21 trabalhadores cristãos coptos egípcios sequestrados na cidade líbia de Sirte em dezembro e janeiro, quando são levados para serem decapitados.
Na Líbia, as milícias do Califado pegaram parte do território e ameaçam chegar a Trípoli, a tal ponto que a Itália anunciou neste Domingo fechar a sua sede diplomática devido à deterioração da situação.
Egito declarou sete dias de luto pelo assassinato dos coptos, religião que professa cerca de 10% da população do Iraque. Al Azhar, a instituição mais prestigiosa do Islã sunita, com sede no Cairo, descreveu o crime de "barbárie". As vítimas estavam trabalhando na Líbia e foram sequestradas em dois turnos, há algumas semanas.
O Patriarca de Alexandria dos Coptos católicos, Ibrahim Isaac Sidrak, ao tomar conhecimento da massacre, “enviou suas condolências a todas as famílias dos mártires que deram suas vidas por sua fé, e ao mesmo tempo agradeceu o Presidente Al Sisi e todas as instituições do governo egípcio pela rápida resposta a este ato terrorista”.
A resposta do Cairo foi rápida e aviões de guerra lançaram ataques contra alvos sensíveis do Califado. As Forças Armadas do Egito indicaram em um comunicado: "A vingança por causa do sangue dos egípcios é um direito absoluto e será aplicada". O país árabe também declarou sete dias de luto pela morte dos cristãos coptos, religião professada por um dez por cento da população.
Por sua parte, Al Azhar, universidade do Islã sunita baseada no Cairo, chamou o crime de crime ‘bárbaro’. As vítimas estavam trabalhando na Líbia e foram sequestradas em dois turnos, há algumas semanas.
Por outro lado, em declaração feita à Agência Fides por seus colaboradores, o Primaz da Igreja Católica Copta pediu para que se veja a trágica morte desses irmãos coptas ortodoxos com um olhar iluminado pela fé, enquanto que considera como algo importante que em todo o país, diante da sangrenta barbárie dos jihadistas, aconteça uma onde de reação humanitária.
"Este trágico episódio – diz o padre Hani Bakhoum Kiroulos, secretário do Patriarcado copto católico – está unindo todo o país, cristãos e muçulmanos. Se o objetivo era dividir-nos, o projeto fracassou. A dura condenação da Universidade de Al Azhar (máximo centro teológico do Islã sunita) foi imediata e inapelável. Bem como a operação militar da aviação egípcia contra as bases do Estado Islâmico na Líbia mostra que para o governo os cidadãos egípcios são todos iguais, e que o Egito se sente atacado como nação pelo delírio desses terroristas sedentos de sangue”.
Fonte: Zenit
Comentário do Blog: Ficam nossas condolências aos familiares desses irmãos cristão que morreram por sua fé! Que Deus os tenha e conforte seus familiares. E que nós, cristãos izabelenses, possamos rezar pela paz mundial nesse ano que a Igreja destinou à PAZ.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

3º Sarau da Catequese - Na Alegria do Evangelho!

          O Objetivo do Sarau da Catequese é reunir todas as turmas de Catequese, da cidade e interior, para encerrarmos o ano, todos juntos, na maior alegria, em clima de confraternização e socialização do melhor que foi trabalhado ao longo do Ano.
          Um Sarau é uma apresentação pública de algo importante, que pode ser desde um poema até uma grande apresentação. No caso da Catequese, as apresentações giram em torno do que foi trabalhado ao longo do ano nos encontros semanais.
         Esse foi o Terceiro Sarau e, mais uma vez, contamos com excelentes apresentações. A criatividade imperou. Muito bom ver tanta criança junta. E mais ainda: Ver as famílias prestigiando. 
          Desde já, em nome da coordenação da Catequese, eu agradeço a todos aqueles que estiveram presente conosco!

O colorido da Catequese até no nome do evento.

Assembleia reunida e a expectativa tomou conta



Turma das Crianças da Comunidade do Lago



Todos juntos, na Alegria do Evangelho!



Comunidade do Carmo












A apresentação foi show!


Comunidade de Americano marcou presença em uma bonita apresentação!


Todos muito atentos!






Comunidade do Jundiaí também esteve conosco! Obrigado!





 





Comunidade de Jardim Paraíso e suas flores



Comunidade do Centro






Comunidade de São Raimundo
 







Jovens da Comunidade de Nova Brasília


Comunidade de São Sebastião, na Divineia




E tudo terminou com um bonito baile e todos dançaram ao ritmo do Natal!




 

Mais uma vez, nosso Muito Obrigado a todos aqueles que estiveram conosco em mais esse ano!