Quando o Natal é de verdade?
Entre luzes, enfeites, rituais e compras de ocasião, vem se tornando difícil saber qual é o verdadeiro Natal.
O que dá presentes e o que só é "presença"? O dos símbolos folclóricos e o do mistério?
O da fé e o do consumo?
O dilema questiona: como viver o Natal: com o romântico
"papai-noel" ou na simplicidade do presépio?

Tudo vai passar pelo crivo desse dilema: a conotação comercial da festa,
a árvore enfeitada e colorida, a missa do galo, a reunião de família, a ceia
natalina. E também aquela vaga boa vontade em ajudar os meninos de rua e os
mendigos.
Se de início as tradições natalinas fomentavam o espírito religioso; pouco a pouco foram sendo desvirtuadas por outros interesses. Personagem indefectível, embora importado do inverno europeu, o lendário "papai-noel" não representa mais o São Nicolau cristão.
Hoje é apenas o chamariz da hora para aguçar a curiosidade das crianças, o seu apetite pelos presentes e alavancar a propaganda. Os meios de comunicação enchem a mente com símbolos, imagens, emoções e mensagens para comemorar o Natal. Decorações exuberantes iluminam ruas e casas.

Cria-se a "neurose" de gastar bem o 13° salário. Uma pessoa cristã
mais consciente toma distância dessa compulsão e se inquieta: onde encontrar a
simplicidade, o despojamento do primeiro Natal?
Basta refletir com fé: Ele está no meio de nós! Ele é o
"Deus conosco"! Cabe a nós viver o Natal com seu dono: Jesus! E sua
verdade: O Verbo de Deus se fez homem! Contemplar o mistério na fé e rezá-lo: a
sós, em família, e na igreja diante do presépio.
Essa é
a maneira de libertar a festa das armadilhas montadas pela descrença de um
Estado laico, e de uma sociedade egoísta. A despeito das contradições no modo
de comemorá-lo, o mistério do Natal continua vivo:"Nasceu para vocês um
Salvador que é o Messias, o Senhor!" (Lc 2,11).

O
Menino da manjedoura não sabia falar, mas já era o sinal da salvação de Deus
para os pastores. Era a Palavra feita carne. Por uma criança a Palavra tocou
nosso coração e nos deu a capacidade de falar com Deus.

Dialogando
com sua Palavra, conhecendo seus ensinamentos e experimentando o amor de Jesus
unidos numa comunidade fraterna, nós continuaremos sendo os legítimos
depositários do Natal de verdade, num mundo que se envergonha de rezar. Por
isso não crê. Não garante a justiça social.
Não
preza a ética nas relações políticas. Não respeita a dignidade da pessoa
humana. Não promove nem defende a vida.
Se
formos cristãos autênticos, saberemos acolher no íntimo o Menino Deus e
descobrir nele o conteúdo mais tocante da nossa fé. Ali está nosso Deus, tão
próximo de nós no sorriso de uma criança. Quem poderia ter medo dele?

Que Maria, a
mãe, leve você a sentir a alegria que ela sentiu na simplicidade do presépio e
no aconchego de sua ternura com Jesus. Desejo que você viva este Natal como uma
questão de fé.
Pe. Antônio Clayton Sant´anna, C. SS. R.
Fonte: Revista de Aparecida
Em nome da Paróquia de Santa Isabel de Portugal, desejamos a todos um Santo e Abençoado Natal a todos as nossas famílias. Que O Natal seja uma autêntica luz a nos guiar pelos caminhos da Vida.
Paróquia de Santa Isabel de Portugal
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