Hoje será o segundo dia da Formação para Animadores de Pequenas Comunidades. E o que visa essa Formação? Quais são seus objetivos e metas? Onde se pretende chegar com esse projeto?
Todos os Coordenadores de Grupos, Movimentos, Pastorais e Serviços estão sendo convidados a participar, bem como os líderes que trabalham com a Leitura Orante em suas Comunidades.
Segundo o Livro Estudos da CNBB sobre Comunidades de Comunidades:
307. Constata-se que nos últimos anos está crescendo a espiritualidade de comunhão e que, com diversas metodologias, não poucos esforços tem sido feitos para levar os leigos a se integrar nas pequenas comunidades eclesiais, que vão mostrando frutos abundantes. Nas pequenas comunidades eclesiais temos um meio privilegiado para chegar a Nova Evangelização e para chegar a que os batizados vivam como autênticos discípulos e missionários de Cristo.
308. Elas são um ambiente propício para se escutar a Palavra de Deus, para viver a fraternidade, para animar na oração, para aprofundar processos de formação na fé e para fortalecer o exigente compromisso de ser apóstolos na sociedade de hoje. Elas são lugares de experiência cristã e evangelização que, em meio à situação cultural que nos afeta, secularizada e hostil à Igreja, se fazem muito mais necessários.
309. Se desejamos pequenas comunidades vivas e dinâmicas, é necessário despertar nelas uma espiritualidade sólida, baseada na Palavra de Deus, que as mantenham em plena comunhão de vida e ideais com a Igreja local e, em particular, com a comunidade paroquial. Por outro lado, conforme há anos estamos propondo na América Latina, a Paróquia chegará a ser “comunidade de comunidades”.
310. Destacamos que é preciso reanimar os processos de formação de pequenas comunidades no Continente, pois nelas temos uma fonte segura de vocações ao sacerdócio, à vida religiosa e à vida leiga com especial dedicação ao apostolado. Através das pequenas comunidades, poder-se-ia também conseguir chegar aos afastados, aos indiferentes e aos que alimentam descontentamento ou ressentimento em relação à Igreja.
Além disso:
Estamos empenhados na formação das Pequenas Comunidades Eclesiais (PCE). Precisamos mudar certos esquemas mentais e não querer “remendo novo para rasgado em tecido velho”. Nossos conceitos devem ser atualizados e nossos preconceitos abolidos. Por isso, voltamos ao assunto comunidade, oferecendo esses três itens que lhes poderão ajudar numa reflexão mais estimulante à vida em comunidade:
1 – Dados da Fé (mística)
“Há mais felicidade em dar do que em receber !” (At 20,35)
- a comunidade é a obra prima de Jesus Cristo;
- vivemos num tempo que exige respostas positivas e não apenas reclamações, devemos assumir a nossa época;
- pelo Plano de Deus nós já somos família e comunidade;
- a recompensa da gratuidade é a alegria: nascemos para amar, sermos amados e fazer os outros felizes;
- a comunidade é o lugar de defesa da pessoa e da vida;
- a comunidade é o lugar do exercício da caridade e da convivência fraterna;
- a base (raiz) da comunidade é a vontade salvífica de Cristo, tendo como fonte a Santíssima Trindade;
- na caridade criativa se revela a alegria do ser cristão;
- a vocação e a missão do ser humano é viver em comunidade a dinâmica do Mistério Pascal.
2 – Meios para a comunidade acontecer:
“ ... se tiverdes amor uns para com os outros, reconhecerão que sois meus discípulos!” (Jô 13,35)
- resgatar nas comunidades o valor da Palavra de Deus e a sua leitura orante;
- quebrar determinados quetos que impedem os serviços a Igreja; que não haja donos da comunidade
- motivar a gratuidade em relação a Deus, superando a mentalidade utilitarista e imediatista no campo da religião;
- fortalecer os erviço da acolhida e da visitação;
- aproximar mais os nossos planos pastorais da realidade;
- estimular a partilha e solidariedade entre as comunidades;
- assumir atitudes evangélicas em relação à família em sua situação concreta.
3 – Formação e Metodologia:
“... Em seguida, partiu de novo... confirmando as comunidades!” (At 18,23)
- criar e/ou fortalecer grupos apostólicos de sustentação e de convivência, para cultivo da vida e da fé;
- formar lideranças;
- constituir e fortalecer pequenas comunidades e grupos de famílias;
- continuar a formação integral permanente;
- valorizar a religiosidade popular;
- formar para o voluntariado e a caridade organizada sem esqueecr a espontaneidade (alegria de servir);
- valorizar o serviço permanente, para que a família seja célula da comunidade evangelizadora;
- fomentar grupos de estudo, oração, amadurecimento e formação (viver mais intensamente na fé e missão);
- integração entre pastorais e serviços em relação à família;
- trabalhar os valores básicos que regem a sociedade e a família;
- educar e educar-se para o valor do servir (conversão).
Fontes Consultadas: http://www.news.va/pt/news/pequenas-comunidades-eclesiais-meio-privilegiado-p
http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/eurico/34.htm
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